quinta-feira, 24 de julho de 2008

Los Angeles decide banir a sacola de plástico a partir de julho de 2.010


Antes tarde do que nunca - é o que pensam os LOHAS americanos sobre as a medidas anunciadas.
O Los Angeles City Council decide banir a sacola de plástico a partir de julho de 2.010, caso a sobre-taxa anunciada de US$ 0,25 não tenha tido o seu efeito esperado.
A medida foi considerada modesta perto das atitudes que São Francisco, a Austrália e mesmo a China já tomaram de banir totalmente o uso da sacola de plástico através de uma proibição, e que já encontra-se em fase de implementação.
Em Los Angeles, os políticos pressionados pelo movimento de nome "Save the Plastic Bag Coalition", (é sério!...), consideraram mais viável aprovar uma sobre-taxa com uma eventual proibição no futuro do que uma proibição pura e simples no presente.
A estimativa de consumo de sacolas de plástico em LA fica em torno de 2,3 bilhões de sacolas ao ano.
Mesmo que a implementação destas novas regras em todos estes locais demorem um certo tempo para gerar os efeitos esperados, a tendência para o futuro é clara: de uma forma ou de outra, precisaremos encontrar uma nova matriz de soluções de embalagens que reduza ou elimine o efeito negativo que o uso indiscriminado da sacola de plástico tem sobre o meio ambiente.

Afinal qual é o perfil do consumidor verde brasileiro?


Esta semana recebi um questionamento muito pertinente de parte de Dalmer Maffei, sócio gerente da Verde Capital Consultoria e Desenvolvimento, que pergunta o seguinte: “Olá Alexandre, aonde estão os LOHAS brasileiros?O consumidor médio brasileiro, ainda não é verde e vai demorar muito para ser...”.

É verdade, existem muito poucas informações disponíveis sobre os consumidores verdes brasileiros. Se houve algum trabalho mais profundo neste sentido ele não tornou-se público.
A instituição que já há alguns anos vem se dedicando a compreender este mercado é o Instituto Akatu, que periodicamente pesquisa a evolução da consciência do consumidor quanto à RSE (Responsabilidade Social das Empresas). Segundo dados de pesquisa recente do Instituto Akatu, podemos conhecer um pouco mais sobre o perfil deste consumidor.

- Um em cada três consumidores brasileiros percebe os impactos coletivos ou de longo prazo nas decisões de consumo. Estes somam 33% do universo da pesquisa e são considerados a vanguarda dos consumidores conscientes. Destes, 28% compõe o segmento dos consumidores engajados e 5% são os conscientes.

- Um em cada oito brasileiros (15%) preocupa-se em mobilizar outras pessoas para a prática do consumo consciente. Entre os mais conscientes a preocupação atinge um em cada quatro cidadãos (24%).

- O reconhecimento de selos de certificação de produtos e de instituições cresceu em 69% entre 2003 e 2006, passando de 19% para 32% entre os brasileiros.
Quanto maior o grau de consciência do consumidor, mais decisivo é o fator qualidade na hora de efetuar uma compra: Dentre os conscientes, 24% utilizam o critério ambiental na escolha de empresas.

- 74% dos consumidores brasileiros dizem sim à pergunta: “Você considera que as grandes empresas devem ter total responsabilidade por produtos que não prejudicam o meio ambiente”.
O próprio Instituto Akatu já disponibiliza um catálogo de produtos sustentáveis, que pode ser encontrado no seguinte endereço:
www.catalogosustentavel.com.br

Consumidores dizem tomar conhecimento das políticas ambientais dos fornecedores através de revistas e jornais (53%), certificação no produto (52%) , Internet (41%) e campanhas publicitárias tradicionais (30%).

Mas é claro que tudo isso ainda é muito pouco. Para vencer o desafio do consumo sustentável, existe um longo percurso a ser percorrido.
Sigo com a convicção de que as empresas que adotarem práticas sustentáveis primeiro e souberem comunicá-las competentemente ao público são grandes candidatas a serem as empresas líderes de mercado no futuro. A omissão das empresas no sentido de implementação das práticas de gestão sustentável abre espaço para ações restritivas e até demagógicas de parte dos poderes públicos, como é o caso dos projetos de lei que pretendem sumariamente proibir o uso da sacola plástica pelo varejo. Leis deste tipo já existem e vigoram em lugares como Bangladesh, China e Rwaunda. Israel, Canadá, parte da Índia, Botsuana, Quênia, Tanzânia, África do Sul, Taiwan e Singapura, ou já baniram ou estão se movendo rapidamente no sentido de banir o uso das sacolas plásticas. A Irlanda assumiu a liderança na Europa taxando as sacolas de plástico no ano de 2002, tendo com isso reduzido o consumo das mesmas em 90%. Em março de 2007, São Francisco foi a primeira cidade dos Estados unidos a banir o uso da sacola de plástico. Oakland e Boston estão considerando fazer o mesmo. Em Porto Alegre, já há um movimento na Câmara dos Veradores no sentido da proibição de uso da sacola de plástico pelo varejo.


Costumo dizer que, nestes casos, a empresa pode ser reativa e acabar sendo taxada de vilã ambiental por não ter tomado atitudes por iniciativa própria, ou pode ser pró-ativa e até lucrar com iniciativas neste sentido.

Aos institutos de pesquisa tenho uma sujestão: criem um painel de monitoramento sobre a evolução dos hábitos de consumo consciente, divulguem as informações e proporcionem a governates, legisladores e empresários uma ferramenta competente para o estabelecimento de estratégias de consumo e produção sustentáveis.

Fontes: Instituto Akatu, Buzz Makers, MSNBC.com, CNN.com, BBC News, Associated Press, PlanetSave.com, NPR.org, The Boston Globe

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Robô cortador de grama híbrido solar e elétrico??


A Husqvarna da Suécia acaba de lançar o primeiro robô cortador de grama híbrido solar e elétrico do mundo, que não gera nenhuma emissão de gases na atmosfera e que usa aproximadamente a mesma quantidade de energia de uma lâmpada normal.

Seu painel solar é bem visível, conferindo ao produto um visual de destaque e transformando-o em um ícone da cultura de consumo ecologicamente correta.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Apelos de saúde nas embalagens atraem os consumidores LOHAS


Em comparação aos consumidores indiferentes ou despreocupados com as questões ligadas à saúde e ao meio ambiente, os consumidores LOHAS se sentem muito atraídos por embalagens que contém promessas de saúde e bem estar.

Veja abaixo os apelos que mais funcionam nas embalagens, listados por ordem decrescente de importância :

- Orgânico
- Grão brotado (sprouted grain - pães orgânicos feitos sem uso de farinha)
- Sem organismos geneticamente modificados (GMO free)
- Sem glúten ou não contém glúten
- Sem hormônio antibiótico
- Soja
- Sem óleo
- Esteróis de plantas (conhecidos por baixar o colesterol)
- Excelente fonte de ferro
- Probiótico (contendo bactéria ou fermento potencialmente benéfico para a saúde)
- Fibras
- Multi-grãos
- Natural

Como podemos observar, vários destes benefícios ainda são pouco conhecidos pelos nossos consumidores e ainda são difíceis de serem encontrados em nossos supermercados. E é exatamente neste ponto em que se escondem as oportunidades. A identificação precoce dos benefícios que serão valorizados por estes consumidores no futuro e o lançamento de produtos de forma pioneira podem garantir maiores participações neste mercado no futuro, quando sua dimensão for economicamente atraente. Definir a hora certa de introduzir estes conceitos passa por muita pesquisa de mercado e por um monitoramento constante da forma como evolui a consciência de nossos consumidores com relação a estes benefícios ligados à saúde e meio ambiente.
É interessante se observar que o lançamento pioneiro de produtos com estas novas abordagens quase sempre deverá ser acompanhado por campanhas de educação e de conscientização sobre o benefício de uso destes produtos pelos consumidores.
Empresas de todos os setores devem acordar para o fato de que esta mudança de cultura de consumo deverá atigir de uma forma mais ou menos direta a todos os setores da economia: de carros a roupas, de eletrodomésticos aos serviços em geral.

Uma coisa é certa: muitas oportunidades de mercado surgirão ao longo deste caminho e as empresas mais atentas poderão trabalhar na construção de lideranças em segmentos específicos de mercado!

segunda-feira, 7 de julho de 2008

LOHAS já são "top consumers" em diversas categorias de produtos


Um estudo desenvolvido pela Nielsen no ano de 2007 atesta a importância que já têm o segmento de consumidores LOHAS (Lifestyles Of Health And Sustainability) no enorme mercado americano. Veja abaixo as categorias em que os LOHAS já representam o principal segmento comprador:

- Produtos frescos
- Cereais
- Sopas
- Higiene Oral
- Vegetais enlatados
- Manteiga e margarina
- Prontos-para-servir
- Comida preparada
- Ovos
- Medicamentos / Remédios
- Artigos para o lar
- Limpadores para o lar
- Temperos, ervas e extratos
- Óleos
- Geléias
- Massa
- Nozes
- Primeiros cuidados
- Lâmpadas de bulbo, produtos elétricos
- Vitaminas
- Água engarrafada

Fonte: The Nielsen Company - 52 weeks ending 12/29/2007

O estudo da Nielsen também indica que 81% dos lares de LOHAS compram produtos rotulados como "orgânicos", gastando algo como quatro vezes mais do que os consumidores classificados como "despreocupados" com as questões ambientais.
Os LOHAS são também os principais consumidores de produtos com apelos para a saúde.
Saiba que apelos são estes em nosso próximo post.

Até lá!

quinta-feira, 3 de julho de 2008

LOHAS - O consumidor verde



"Um em cada cinco consumidores americanos são consumidores LOHAS (Lifestyles of Health and Sustainability) -- apaixonados, socialmente e ambientalmente responsáveis.
Estes consumidores são os primeiros aderentes, são leais às empresas cujos valores batem com os deles e, validado por nossas pesquisas, estão dispostos a gastar o seu dinheiro de forma coerente com as suas convições".


- Patty Marshman-Goldblatt -

Vice-Presidente Sênior do Natural Marketing Institute